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Ciberarte-educação - Pesquisas

Projeto de Pesquisa I

A Informática nas Aulas de Educação Artística: Digitalização e Manipulação da Imagem no Ensino Fundamental

W. A. dos Santos - Professor de Artes Plástica da Universidade Federal de Goiás Centro de Ensino e pesquisa Aplicada à Educação/ CEPAE Área de Comunicação e Arte

Capítulos I e II:

CAPÍTULO I

O Problema

O uso da informática no meio escolar vem sendo amplamente divulgado, porém, existe uma desinformação e mesmo falta de método no uso do computador. Muitos se preocupam em dizer que estão usando o laboratório de informática da escola, no entanto, esse uso não é realmente planejado para uma real construção de conhecimento. Se pôr um lado se usa inadequadamente o laboratório de informática, pôr outro, ele está esquecido e, a maioria, dos professores, não sabem se quer as operações básicas de acesso aos sistemas e programas. Considerando esse dois ângulos, um terceiro surge: como professor de artes plásticas, no ensino fundamental, poderá se valer desse equipamentos, na escola, buscando uma otimização do processo de construção de conhecimento, dentro de sua área atuação? Considerando-se hipótese de que ele conheça informáticas e programas, como poderia usá-los dentro de uma aula de artes visuais? A criança, no ensino fundamental, se beneficiaria de um processo de construção de conhecimento, em artes visuais, utilizando o computador? De que forma conduzir uma meditação adequada para que a criança use, criatividade, os recursos de um programa de ilustração?.
Há que se fazer uma investigação, uma análise acurada dessa possibilidade, pois, muitos professores de artes são formados e se quer têm o mínimo de conhecimento na área de informática aplicada, principalmente no ensino fundamental. E os que usam, se atêm, apenas, a programas que se exploram somente recursos e aspectos de geometria.
E existem, ainda, os que não são entusiasmados pelo computador considerando-o inadequado para uso da criança no ensino fundamental (Setzer, 1999). O mesmo autor considera ainda que não se pode usar de forma intuitiva os programas e a própria máquina e que as crianças não deveriam usá-los sob pena de se tomarem adultas antes do tempo.
Essa é a questão: as crianças podem usar os programas de forma criativa e intuitiva, completando um processo de busca de constituição de sua realidade de ser em desenvolvimento? E isso dentro das aulas de artes visuais? Existem outros que apontam a informática como um auxílio formidável na busca da construção do conhecimento ( Rocco, 1997) apontando métodos para uso da mesma nas aulas de artes.
Há que se buscar métodos adequados, para uma otimização de uso de programas de criação visual no ensino fundamental, e formas lúdicas e intuitivas de favorecer o uso dessa ferramenta, contribuindo para uma amplificação das possibilidades viso-artísticas dos escolares fundamental.

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Formulação da Situação Problema

Tendo em vista a controvérsia no uso do computador, na fase fundamental do ensino, há que se investigar, em atividade experimental, como se comportariam os escolares de 7ª e 8ª frente a atividades de criação artístico visual, utilizando o computador, com programas específicos de manipulação de imagem, envolvidos em tarefas devidamente mediadas por um educador artístico. Resta saber qual o grau de dificuldades desses escolares em manipular equipamentos e desenvolver projetos artísticos, digitalizando e manipulando e fotografias digitais feitas por eles mesmos. Um outro angulo a ser percebido, em que artes se vale da tecnologia da imagem, são as produções dos alunos, desenhos e pinturas sendo digitalizados e manipulados. E por último, é preciso investigar que benefícios o uso devido da informática trará para as aulas de artes, na escola.

 

Objetivo do Estudo

São dois os objetivos do presente estudo é duplo: (1) investigar como se pode usar adequadamente, no ensino fundamental, programa de ilustração e digitalização de imagem de forma a otimizar o desenvolvimento artístico escolares de 7ª e 8ª séries. (2) Avaliar, numa perspectiva da metodologia do ensino da arte, as formas adequadas de se usar e proceder uma mediação que estimule a produção criativa, dentro de uma ótica em que arte e informática se juntem na proposta de desenvolver no escolar do ensino fundamental, as suas possibilidades artístico- visuais.
 

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Justificativa

A tecnologia digital chegou e ficou. O computador é produto que se encontra no supermercado. E o número de pessoas que se conecta à Internet dobra a cada minuto. As crianças já nascem de olho no vídeo e com a mão no mouse...e, mesmo nas comunidades de renda mais baixa, em cada residência, há uma antena de televisão.
Os magos da informática inovam a cada instante, favorecendo e barateando os equipamentos básicos de multimídia, máquinas, periféricos e programas.
O micro fica cada vez mais potente e portátil e os preços, para sua aquisição, mais acessíveis.....Mais de 100 mil microcomputadores chegam á rede pública de ensino e o mundo se interconecta, como nunca a mente brilhante de Gutemberg.
A realidade virtual já chega até ser meio terapêutico, para alguns psicólogos Diante desse fato impressionante da tecnologia da imagem, como o0 educador em arte, pode aproveitar esse recurso, aplicando-se e democratizando o ensino de arte no Ensino Fundamental e Médio? Como implementar a tecnologia no ensino de Artes Plásticas, de forma humanizadora?
Considerando que os educandos estão, cada vez mais, visualmente superestimulados, o desafio da aplicação da tecnologia da imagem, no ensino, se torna cada vez maior, especificamente da multimídia e realidade virtual.
Como diz Calazans (1990), "Com a RV, crianças podem aprender história ou geografia visitando lugares e épocas..." nessa perspectiva abre-se campo de pesquisa e ação objetiva da RV no ensino em Artes Plásticas. "Qualquer curso pode ser ministrado via universidade virtual.... a questão é apenas adequar a tecnologia existente à necessidade."
Assim sendo, o ensino em arte deve se valer de todo e qualquer recurso que o implemente, ao desenvolvimento artístico. Por que não aplicar a tecnologia da manipulação da imagem junto a escolares nas aulas de arte?

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Hipóteses

A hipótese do estudo (1) antecipou não haver dificuldades para escolares de 7ª e 8ª séries usarem, de forma criativa, o programa Photoshop, desde que o medidor, conheça o programa programa e os instrua inicialmente no uso básico do mesmo. (2) Existe uma ludecidade na manipulação de imagens, que os escolares deverão apreciar, considerando que a imagens a serem manipulada serão criadas por eles mesmos, por meio de fotografia digital e desenho artísticos digitalizados? A medição arte-educacionalmente bem dirigida pode se valer da informática em se processo de estímulo às potencialidades artístico-visuais dos ditos escolares.

 

 


Pressupostos Conceituais

Dois pressuposto estarão subjacentes na execução do estudo:
1. Uma forma de estimular a capacidade artitico-visual dos escolares do ensino fundamental (7ª e 8ª séries) é oferecer experiências adequadamente mediadas com o uso da informática.
2. O programa Photoshop é apenas um dos programas, entre tantos, que podem ser usados pelo educador artístico no ensino fundamental.

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Delimitação

No que tange ao primeiro o estudo limita-se a pesquisar a validade do uso de programa de ilustração e manipulação e imagens por escolares do ensino fundamental. Deixa-se, assim, de considerar outras faixas escolares, como a do ensino médio.
Quanto à análise do processo de mediação entre o professor de arte e os escolares, ela restringir-se-á aos aspectos do fazer artístico sob orientação, dentro de um atividade criativa em que o computador entre como auxiliar.

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CAPÍTULO II

Metodologia

A pesquisa, no que se refere á sua estrutura, será de caráter observativo participativo, com atividade de campo de cunho experimental. Serão observados escolares de 7ª a 8ª série em atividade artístico- visual, em laboratório de informática. Atividade esta que será devidamente relatoriadas e fotografadas e filmadas. E aplicar-se-á de observação do rendimentos escolares bem como a análise de suas produções artístico-visuais e suas dificuldades.

 

Seleção dos sujeitos

Os participantes serão escolares sorteados para participar de atividades extra- classe, sendo todos alunos do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicado à Educação/CEPAE-UFG. O total é de 6 alunos, 3 do sexo feminino e 3 do sexo masculino sendo possível a ampliação desse numero para 8 a disponibilidade de máquinas as faças mais favorável. Os escolares serão do ensino fundamental 7ª e 8ª séries.

Tratamento experimental

Os escolares participantes desenvolverão atividade artísticas uma vez por semana, dentro de um tempo de 2 aulas (aula de 50 minutos), durante uma escala no CEPAE/UFG.
Esses receberão, de inicio, uma orientação básica de como utilizar o equipamento e o programa, dada pelo pesquisador. Desenvolver-se-ão atividades artístico-criativas, utilizando o programa Photoshop conjugando-as como produção de desenhos, pinturas e fotografias. Esses trabalho serão devidamente observados e acompanhados pelo investigador. E utilizar-se-á o recurso da multimídia para otimizar a assimilação dos conteúdos relativos as técnica de manipulação da imagem. Se valendo, para tanto, do notebook e do projetor multimídia. (ver materiais, orçamento).

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Coleta de dados

No inicio da coleta de dados, os escolares serão informados dos objetivos do trabalho, ou seja, de que deverão participar de atividades de criação visual e manipulação de ferramentas de programas específico. Todos terão sua ficha com dados pessoais e todas as atividades serão filmadas, fotografadas e relatoriadas. Todas as atividades deverão ser devidamente programadas, com um plano de aula devidamente redigido. Todos os trabalhos arquivados em pastas (portfólio) para análise posterior e serão colocados em exposição no espaço do CEPAE.

Tratamento dos dados obtidos

Serão analisadas as produções e os relatórios de cada aula, dentro da escala, procurando destacar o grau de dificuldade dos escolares diante das propostas sugeridas. Espera-se, assim desenvolver as possibilidades da mediação com auxílio da informática, dentro das aulas de artes visuais.
No final do programa, os escolares responderão a um questionário, para se avaliar o processo na ótica dos mesmos.
 

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Limitação do método

Considerando que a seleção dos sujeitos se dará por meio de sorteio, pode ser que surja um escolar que tenha maior facilidade em usar o computador e outro que não conheça a nada de informática, e isso poderá refletir na motivação dos mesmos. E mais, não se estará trabalhando com uma turma com um número grandes de participantes, mas com uma mostra de alunos dessa fase escolar, oriundos de vários classes sociais.
No que se refere à investigação propriamente dita dos uso da informática (programa de manipulação e criação de imagem), o número de máquinas será reduzido, colocando-se 2 escolares por máquina.
Mesmo considerando as limitações do método indicadas acima, a presente pesquisa justifica-se tendo em vista seu caráter investigativo e a oportunidade e a significação de estudos que, como este, busquem alternativas para dinamização do uso da tecnologia da imagem no Ensino de Arte Regular de Ensino.

Repercussão do Trabalho

Este trabalho oferecerá sugestões importantes, para ação objetiva em pedagogia de artes visuais no Ensino Fundamental e para professores artes da rede estadual e particular, oriundos da licenciatura em artes visuais e também para estagiários da área de artes da UFG, atuando no CEPAE. Destacando que as sugestões estarão vinculadas ao nas áreas de ensino de artes visuais uso do computador.
 

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Colaboradores

Coordenador:
a) prof.W.A dos Santos - CEPAE: - desenvolverá as atividades de campo, relatórios, sendo o responsável pela pesquisa que poderá ser usada na sua tese de doutoramento. E coordenará a atuação dos colaboradores.


Colaboradores de apoio - equipe multidiciplinar:
Prof. Ms.Danilo Rabelo - (Sociologia, História) - Cepae
Prof. Dra. Cathelen Sidk - (Artes Visuais) Doutora - UNB
Prof. Alésio - (física) - Mestre - UFG - Cepae
Setor de Psicologia Dra. Terezinha - Especialista - UFG - Cepae
Língua Estrangeira - Prof. Elizabete - English - Mestre - UFG - Cepae
Prof. Dr. Tomé de Souza -(Neurofisiologia)- UFG - Enfermagem.

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Função dos colaboradores:

Os colaboradores deverão, em momento programado, oferecer as devidas contribuições: O professor de matemática demonstrará a relação dos números com a digitalização da imagem, em aula específica; a psicóloga desenvolverá circulo de discussão sobre as questões das emoções e a sociedade informatizada; a professora do mestrado de Arte e tecnologia da Imagem da UNB, Dra. Cathelen Sidk, participará de duas oficinas usando com, as crianças, o programas de manipulação de imagens. A professora de Inglês trabalhará alguns termos usados na informática, ajudando os educandos compreendê-los no contexto de sua atividade. O professor de sociologia desenvolverá aula demonstrando os efeitos, na sociedade, da tecnologia; o prof. de Neurofisologia dará assessoria e produzirá artigo sobre computação e desenvolvimento da inteligência visual.
 

 


Plano de trabalho

O trabalho desenvolver-se-á em quatro etapas, a primeira é preparação com seleção de alunos, compra de materiais e montagem do laboratório, estimando-se dois semestres de duração. Em seguida, as duas ultimas fases de trabalhos direto com os educadores e atuação dos colaboradores, com duração de mais dois semestres, totalizando quatro semestres.


 

 

 

 

 

Orçamento de materiais:

 
01
computador 400 hz, monitor 15, fax modem, 2 GB, CD
1.500,00
02
impressoras
700,00
02
scanner
300,00
01
Notebook / pentium, 400 hz, CD, matriz ativa
3.000,00
01
projetor multimídia
4.000,00
02
cartuchos de tinta
150,00
20
20 pincéis, 10 cx. lápis conté, 10 cadernos A3, 30 tubos/tinta acrílica
150,00
Total
9.800.00
 

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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